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Voluntariado daqui leva a solidariedade ao Xingu.

Diogo Brondani

Viver em regiões amazônicas remotas, onde o único acesso é pelo rio Xingu e seus afluentes, ainda é a realidade de muitos brasileiros. Sem acesso à energia elétrica, comunicação, água encanada, instalações sanitárias adequadas, entre outras condições mínimas para viver, em muitos casos, estas pessoas não têm roupas para vestir a família, tampouco alimentos, e estão vulneráveis a doenças como malária, febre amarela, viroses, verminoses, gripes, entre outras.

No entanto, um trabalho que é feito a partir da ajuda de voluntários busca mudar essa realidade. O projeto SOS Xingu, existe há quase 20 anos, e é coordenado pela missionária Rute Sales Dutra e a AME Luz das Nações. O trabalho consiste em levar assistência a essas pessoas.

- São comunidades que vivem em fome extrema e sobrevivem em uma realidade totalmente precária. A nossa missão é levar o conhecimento da palavra de Deus, bem como instruir os moradores com ações preventivas de saúde e meio ambiente, além de ajudar com alimentos, medicamentos, roupas, redes de dormir, entre outros itens de primeira necessidade para que possam sobreviver - conta a missionária que reside em Belém (PA) e esteve em Santa Maria.

A luta para proporcionar dignidade a esses brasileiros ganhou uma forte aliada. A empresária santa-mariense e também missionária Fabiana Ramos, que conheceu o projeto e resolveu arregaçar as mangas em busca de auxílio.

- Contamos com apoio da prefeitura de Porto de Moz, mas não é suficiente. Eu tinha muita esperança que alguém abraçasse a causa. Fiquei muito feliz com a ajuda da Fabiana. A vinda dela somou muito ao nosso projeto, fortaleceu o nosso trabalho que é uma resposta de Deus ao clamor daquele povo - destaca a paraense.

Fabiana liderou uma campanha de arrecadação de doações fi nanceiras em Santa Maria, o que proporcionou a compra de 1,5 toneladas de alimentos, redes, remédios e roupas.

O projeto parte sempre do município paraense de Porto de Moz e a viagem dura cerca de 20 dias sobre a água tendo como locomoção barcos, botes e rabetas. Na expedição deste ano, foram mais de 1 mil pessoas benefi ciadas com doações.

- Ter a oportunidade de ajudar essas pessoas é uma forma de agradecimento pelo que somos. O SOS Xingu ganhou meu coração, mudou o meu pensamento e fez com eu voltasse de lá fortalecida. Levar a esperança a pessoas que estão abandonadas e vivem em uma realidade completamente diferente da nossa e, mesmo assim, vê-las sorrindo, não tem preço. Não tem nada que pague a satisfação em ajudar - revela a santa-mariense.

- A minha maior felicidade é ver, na viagem de volta, a fumaça nas casas que visitamos. É sinal que algum alimento está sendo preparado para ser servido a essas famílias. Eles vivem basicamente da caça e da pesca e, de poucos alimentos que cultivam, já que não têm terra para o plantio. Então, qualquer ajuda é bem-vinda - relata a missionária Rute.

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